Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Como ganhar uma depressão em 30 linhas

Este artigo é altamente desaconselhado a todas as pessoas que se considerem felizes e pensem estar longe da sua primeira depressão. O risco de sucesso desta lição de vida, é praticamente garantido. "Como ganhar uma depressão em 30 linhas!" faz parte duma nova forma de apresentar uma workshop decadente, com humor fácil e consequências sérias. Se não quer passar os próximos meses em consultas de apoio psicológico e sessões de psicoterapia, então lembre-se que eu avisei e que este curso não é para si!
Mensagens recentes

MEO 12, MEO culpa, MEO máxima fraude!

Secret Story2 , é outra Casa dos Segredos , a novela viva da TVI. Mas é também uma forma de vida para mim que sou um apaixonado pelo foro psicológico existente em qualquer Reality Show . Analisar a situação, a pressão emocional e o stress dos concorrentes, é dos melhores pratos que me podem servir para alimentar o meu ego. Vivo a psicose de cada um, a cada momento, como se pudesse sentir o seu estado de cobaia in vitro . Recordo filmes como "A Cela", "O Cubo", "A Casa de Vidro", ou histórias como "Alice do Outro Lado do Espelho", "A Náusea", ou "Voando sobre um Ninho de Cucos". A velha frase feita que aponta a realidade como sendo pior que a ficção, está sempre presente na galeria de imagens que recolho da televisão, no Canal 12 do MEO. Vivo os meus dias de olhos postos no ecrã e sinto crescer, a cada mudança de cena, uma profunda revolta. Não são os ocupantes da casa que me perturbam, mas antes a gi

A vida que não chegarei a ter!

- Posso?   - Não sei. Porque perguntas?   - Talvez não queiras ser interrompido...   - Não quero, mas posso abrir outra sessão para ti.   - Tens tarefas abertas? Ainda consegues processamento e memória para te ligares a mim?   - Estou com vários processos abertos e pouca memória livre, mas já estabeleci ligação contigo e temos largura de banda suficiente. Podes configurar um tempo partilhado de 128 ms.   - Excelente. Com esse time sharing vai ser possível vermos umas imagens da antiga Terra que tenho mantido guardadas na minha memória privada.  

Quatro Sentidos e um Envelope

Em nome da Madalena A sala estava repleta de gente, cada um com pior cara que o outro e continuavam a chegar. Há horas com muito menos pessoas, mas esta é uma altura muito má. São seis horas da tarde e quem tinha marcações, foi chegando ao longo da tarde. Quem não tem, aproveita o final do dia, depois do trabalho para tentar ser atendido. No total, estão previstas umas vinte pessoas, pois esse é o número de cadeiras disponíveis. Há sempre a mulher que traz o marido, e o filho que vem com os pais. Se houver mais de dez pessoas para serem atendidas, o mais certo é faltarem cadeiras.

Manifesto da Nova Humanidade

Durante muitos anos, o meu verdadeiro nome Paulo Monteiro, viveu escondido no Underground do Cyberworld , sob "aliases" famosos como The Watcher, The Black Bonsai , Spider , BlackBird , ou Angel Of The Dark . Mas eu nunca fui reconhecido, verdadeiramente, como um Anjo Negro, um Lúcifer, ou Filho de Lilith; nunca fui sequer, um Anjo caído e expulso dos céus. Fallen Angel foi nome que nunca usei, embora assim me tenha sentido durante quase toda a minha vida. Vejo o mundo como uma pirâmide e não como uma esfera; vejo o Homem como aresta e não como vértice, pois nas extremidades geométricas de tamanha força cósmica, estão as forças que nos movem, aquelas a que muitos chamam Deus. O problema, clássico na história do pensamento, é sempre o mesmo, quando verificamos que (c*c) = (b*b)+(a*a) é uma mentira pitagórica convertida numa verdade matemática e ilusória. E se em fórmulas e mandamentos se tem construído o Mundo que temos hoje, urge pensar, pensar p

PHARMAKA

Uma mão forte e de veias salientes agarrou o corrimão da entrada, na estação de metropolitano em Long Beach. Num gesto brusco e impetuoso, o braço ao qual a mão pertencia, ajudou o resto do corpo a saltá-lo de uma só vez, num arco amplo e rápido, projectando o tronco e as pernas para o outro lado da passadeira. Era como se de um atleta de alta competição se tratasse; como se o corpo pesasse apenas vinte ou trinta quilos, ou aquele braço tivesse a força de uma dezena de homens bem constituídos. No mínimo, o jovem que transpunha daquela forma menos comum, a barreira que separava a área de rua, e final de escadaria, do verdadeiro átrio da estação, era um “corredor de rua”, um FreeRunner; praticante de um desses novos hábitos radicais, a que chamam desportos, e que invadem a cidade de jovens que saltam e pulam como coelhos e cabras, pulando sobre tudo e todos, não parando na presença de um abismo, nem de um muro com muitos metros de altura.

Tenho um Andróide em casa!

Já tive cobras em casa, tartarugas e lagartos. Também já me aconteceu viver acompanhado por mais de sessenta espécies animais, dos quais alguns eram até proibidos no nosso País. Mas, daí a ter que preocupar-me com o desempenho e o estado físico duma nova forma de vida, confesso que não estava nos meus planos, nem em sonhos mais recônditos. Tudo começou quando a minha editora em Inglaterra, quis pagar-me cem libras pelos direitos de autor das últimas vendas.